terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Amor Como Qualidade de Vida ( Com base no livro: Quem Ama não Adoece - Do Psiquiatra Dr. Marco Aurélio Dias da Silva)

Amigos meus, guardai isso: não há árvores más, nem homens maus . Há maus cultivadores. (Victor Hugo, citado no livro: “Quem ama não adoece”)

É interessante iniciar esse texto com a frase de Victor Hugo, onde nenhum ser humano é subestimado: todos temos capacidade em buscar nossa qualidade de vida e sermos felizes! Mas para isso é necessário que nos cuidemos com mais afinco e serenidade, procurando sempre plantar “boas sementes”.

                     

Muitos dirão: sempre vou ao médico, faço Check-Ups anuais, tomo as medicações necessárias e procuro descansar, viajar sempre que possível!
Então lhes pergunto: E o dia-a-dia, a rotina: stress, as preocupações, sentimentos de dúvidas, mal estar físico devido às pressões, entre outras características? Somente ir ao médico e fazer exames uma vez ao ano, viajar e descansar de vez em quando é suficiente para melhor qualidade de vida?
Penso que hoje, necessitamos de respostas diárias para enfrentar todos os obstáculos que a vida nos impõe. Fortalecimento suficiente, para sairmos “quase” ilesos de todas as dificuldades encontradas. E mais que isso: sentir-se bem e praticar o amor próprio a cada dia... Assim, refletindo esse amor nas pessoas que nos cercam!
 No livro “Quem ama não adoece” escrito por um exímio escritor e Psiquiatra Doutor Marco Aurélio Dias da Silva (2.000), aborda exatamente a importância do amor, como chave para abrir as portas da Saúde e Qualidade de vida.
A importância de buscar a “raíz” de nossas angústias, tristezas, enfim, olhar mais para dentro de si e descobrir os sentimentos, pensamentos que somamos ao longo de nossas vidas, onde se não cuidados transformam-se em doenças e transtornos psicológicos. (Somatizações).
Mas, afinal de contas, o que é a doença?
Seja ela qual for, pode ser entendida como uma perturbação não resolvida no equilíbrio interior do ser vivo e em sua interação com o ambiente que o cerca. Em biologia, esse equilíbrio é entendido como Homeostase. (Silva,2000). Assim, é concluído que quase na totalidade das vezes, as causas das doenças, parte de um princípio na esfera emocional.
                     
                       


Porém, percebemos que nossa cultura até pouco tempo atrás não ajudava muito, como nos coloca Dr. Marco Aurélio, no sentido de que somos condicionados desde muito cedo a não dizer aos outros o que sentimos, principalmente se esse sentimento for algo que nos inferioriza.
Seguindo essa mesma linha, James Pennebaker (Universidade Metodista do Sul-EUA), constatou que pessoas que suportam suas dores sozinhas, adoecem com mais frequência e de maneira mais grave do que aquelas que verbalizam, compartilham suas dores. Sendo reforçada uma das mais antigas descobertas da humanidade: “Confessarmos o que sentimos faz bem para o corpo e para a alma”.
Dessa forma, compreendemos que a busca pelo autoconhecimento, que proporciona a descoberta de nossas falhas e potencialidades, faz com que possamos encontrar uma proximidade do equilíbrio, propiciando benefícios imensuráveis a saúde e o bem estar.
A psicoterapia é o meio para travar essa luta consigo mesmo e a forma mais pura de vivenciar uma realidade mais leve e produtiva. Creio que todas as outras ferramentas são úteis igualmente: procurar seu médico regularmente, exercitar-se, uma boa alimentação, boas noites de sono, viagens periódicas e o descanso semanal. Mas vale muito à pena cuidar de nossa saúde mental (emocional), pois tudo inicia seu processo de “dentro para fora”!
Sentir-se bem interiormente, faz com que todas as células trabalhem em conjunto para a saúde do corpo, liberando os hormônios responsáveis pelo bem estar!
Vale à pena ...

                        











terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Hora do Café X

No movimento das cidades, mentes ocupadas e repleta de preocupações

Pensamentos se envaidecem em imaginar o descanso, apenas uma trégua 

Em permitir que a alma desabafe e o corpo se cale diante das inquietações


Criar um momento, relaxar e compreender que dessa vida não se leva nada material

A não ser o conhecimento, a experiência e os momentos paralelos da rotina

Entre conversas, sonhos e desejos... O verdadeiro prazer!

Canções, cafés e a liberdade de SER ... Mais feliz a cada dia ...  (Carol Careta)


                                  




terça-feira, 9 de setembro de 2014

Terapia do Bem: Reforma Íntima

Em meio há tantas más notícias que o povo Brasileiro está vivenciando nos últimos meses, muitas vezes torna-se difícil o encontro consigo mesmo para o bem estar e paz interior.
Falamos não apenas da dura batalha entre Israel e Palestina, a tragédia que levou a morte nosso candidato à presidência da República Eduardo Campos ou a Crise econômica que vem gerando desemprego e o encerramento de muitas empresas. Contamos também com a falta de chuva e o racionamento, ar seco e doentio (ficando difícil fugir de uma crise alérgica, tosse ou estar febril em algum momento) fora a epidemia do EBola, que em algum momento poderá comprometer nosso Brasil.
Sim... São tantas questões gerais misturadas aos nossos conteúdos individuais, que viver acaba tornando-se muitas vezes um fardo! Afinal de contas, precisamos batalhar pelo pão de cada dia e atender a todas as expectativas do mercado, cuidar da saúde, criar os filhos, conviver com a família (Que também trás suas questões) e em meio a todo esse turbilhão: buscar um momento para si mesmo!

                 Resultado de imagem para momento para si mesmo


E aí inicia-se um novo conflito...
Como superar todas essas dificuldades da vida, manter a saúde e o bom humor?
Primeiramente, toda transformação inicia seu processo de dentro para fora, pois jamais conseguiremos mudar a história de uma humanidade ou mesmo a si mesmo, sem antes obter a reforma íntima. Esta que por sinal, exige que façamos uma escolha: quero dar abertura para novas visões e me libertar de tudo aquilo que me faz mal, mesmo que isso signifique compreender o outro e por muitas vezes perdoar?
Ou, quero a transformação olhando apenas internamente e aos poucos “esquecer” tudo de mal que me fizeram ou que “acredito” que fizeram a mim?
Pois bem... A primeira alternativa o levará a um caminho e a Segunda alternativa fará com que você “patine” em meio a tanto egoísmo por muito tempo. Mesmo porque, nada em nossas vidas será esquecido, sempre haverá um lugarzinho para tudo de bom e ruim que passamos e normalmente são levados ao nosso Inconsciente.
Felizmente, para se obter o início da reforma íntima, antes de mais nada precisamos praticar o altruísmo e sermos sinceros: olhar apenas para o próprio umbigo nunca foi e nunca será algo benéfico. Viver sozinho ninguém consegue e nem conseguirá, portanto, à partir de uma escolha sincera, temos que desenvolver o nosso senso coletivo e com isso os bons sentimentos.
Percebo que nos consultórios de psicologia, incluindo o meu, que o sofrimento e as somatizações partem de um princípio básico de: raivas, mágoas, ressentimentos, orgulho, negação da realidade, entre outros. Sentimentos e emoções, que apenas o esclarecimento da realidade, acompanhado do perdão e a compaixão poderão gradativamente propiciar alívio e entendimento.
Pode parecer estranho falar em Psicoterapia abrangendo práticas que, normalmente ouvimos falar apenas em instituições religiosas. Mas vale à pena ressaltar, que o cultivo e a prática do bem para si mesmo e para o nosso próximo são condutas básicas para se viver em sociedade com mais saúde e bem estar. Afinal, de contas, como um paciente pode se auto conduzir à uma transformação, se não houver o esclarecimento de suas dores e uma forma de amenizá-las? E como amenizá-las sem compreender o lado do outro, perdoar a si e a quem o feriu?

                                   


Sem essas condições “ditas do bem”, o ser humano, termina por se “encarcerar” em patologias e transtornos, evitando a liberdade para sentir-se feliz.
Mas á medida, que amplia seu desenvolvimento psicológico, amadurecendo novas ideias e valores morais, é percebido e sentido que o “mal” que muito os aflige, pode ser transformado em lição de vida e não em sua autodestruição, como muito acompanhamos atualmente.
A simples conduta em renovar a atitude mental, fará com que o ser humano possa transformar-se internamente, refletindo satisfatoriamente em suas relações de forma geral. Onde não haverá mais a permissão para o “outro” me desestruturar, pois estarei fortalecido e renovado.


PS: A psicoterapia é um meio para esse desenvolvimento, procure um Psicoterapeuta do Bem!!!

     


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A Hora do Café IX

Por entre xícaras e aromas, degustar uma conversa acolhedora

Nos pequenos locais que engrandecem a pausa, aquecendo nossos sentidos!

A cada gole, um pensamento... Saboreando a delicadeza do tempo que se esvai por entre fumacinhas

Na pureza e força dos grãos, que abastece o corpo de energia motivadora: É preciso continuar!

No vai e vem de pessoas... Quietude! A alma está satisfeita...

E então, a última gota trás a certeza: a vida com café, vale muito mais à pena! (Carol Careta)



                              

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Princípio do Prazer e a Fase Moderna

Em meados de 1920 Freud esteve em contato com as mais diversas experiências em torno das pulsões de vida e de morte. Estas que transitam livremente pelo inconsciente, sendo o objetivo principal: aliviar as tensões segundo o princípio do prazer. (FREUD,1976).
O princípio do prazer é a forma que a mente atua em evitar o desprazer e a dor. Onde necessitamos ter cautela, para não cair em uma armadilha, pois nunca estaremos livres dessas duas vertentes...


                  


Sendo assim, boa parte da população nega a realidade dos fatos, entrando em um processo de fuga, ocorrendo assim, a repressão das emoções.
Quando se entra em processo de fuga, torna-se necessário “apegar-se” em algo ou “alguém”, e na maioria das vezes, tornando superficial a forma de encarar a vida e as pessoas.
Poderemos compreender que essa camada de superficialidade, muito se deve ao conceito de inverdades que o processo de fuga causa. E assim, acabamos por nos esconder do que faz mal, não enfrentando as situações.
Esses danos podem ir desde o uso excessivo de álcool, tabaco, drogas ilícitas e antidepressivos. Ou mesmo a perda de valores e responsabilidades que anteriormente eram presentes na rotina, como: o trabalho, convívio com a família e amigos. Também consta nessa camada, os chamados relacionamentos “vazios” na área afetiva por não saciar a “fome” de si mesmo, de encarar e resolver os próprios conflitos.
Nessa fase atual, é comum relacionar-se com várias pessoas ao mesmo tempo, o que inconscientemente nos deparamos mais uma vez com esse “vazio” interno. E por mais parceiros que se tenha, não é possível encontrar no outro a resposta que só existe internamente. Mesmo por que, em tal condição, é improvável criar laços fortes e sincero. Apenas causando mais feridas e sofrimentos.
Em casos abusivos, poderemos encontrar pessoas que fazem o uso de boa parte das “drogas” citadas, acompanhados dos relacionamentos superficiais, conseqüentemente, perdendo o senso de realidade. Inclusive chegando ao óbito ou desenvolvendo transtornos psicológicos graves, tão repercutidos em nossa sociedade atual.
 A melhor forma de evitar esse quadro não é reprimindo conteúdos, mas sim encarando as situações de frente, encontrando uma maneira mais sadia de extravasá-las. A união de algumas especialidades como a psicoterapia, exercícios físicos, acompanhamento nutricional, acumpuntura e práticas como a yoga e meditação, auxiliam na criação de novos hábitos e maior qualidade de vida.
           O essencial, é que nos momentos difíceis possamos ter o equilíbrio emocional, nos resguardando para aquele momento de dor e sofrimento (Inevitáveis). E quando tudo estiver sendo processado e digerido, haverá a possibilidade de recomeçar. Canalizando todo o processo de dor como forma de experiência e desenvolvimento da maturidade, onde servirá como uma ponte para os momentos de bem estar, verdadeiros e sem a necessidade da fuga.

                    



BIBLIOGRAFIA



FREUD, S. (1933 1932). Novas Conferências Introdutórias Sobre a Psicanálise.Imago, Ed. Standard Brasileira, RJ, 1976, vol. XXII.










terça-feira, 15 de julho de 2014

A Hora do Café VIII

"... E então, resolvi mudar tudo aquilo que não fazia mais sentido:

- Desisti de querer agradar a todos, enquanto levava para a casa o vazio da alma

- Não tenho mais a obrigação de sorrir, quando na verdade, prefiro fingir que não vi... Para evitar a hipocrisia

- Também me recuso a preparar o jantar, enquanto minha vontade é tomar apenas um café... Com chocolate, por favor!

- Abandonei por uns tempos o salto alto e descalça pude conquistar as raízes do mundo, certificar que posso dar passos mais sólidos

- Parei de buscar títulos para me inserir de forma monótona na sociedade, agora quero experimentar a Meditação, outras práticas espirituais e me permitir mais fantasia... 

   Assim, finalmente pude conectar à minha própria alma e percebi que meu corpo também se inundou de felicidade: Adeus a muitas dores, mal estar e pessimismo...

   Desisti de sobreviver frente às regras impostas por um meio social crítico, sem graça e sem valores. Agora quero VIDA de verdade!  Ah, e do meu jeito!"...

  
                        






terça-feira, 8 de julho de 2014

Os Amigos Existem?



Entre tantas frases prontas, paradigmas e lembranças, guardamos sempre na memória aqueles que fazem ou fizeram parte de nossa história.
Em cada fase de nossas vidas, nos deparamos em condições diferentes de sentimentos e visões: os lugares que estudamos e trabalhamos ou mesmo a família e relacionamentos afetivos. Todos trazendo um meio social que compõe a integração com os demais.
Estamos sempre cercados de pessoas e precisamos uns dos outros. Porém, entre tantos meios, como identificar um amigo? Ou, entre tantos questionamentos: é possível acabar uma amizade?

      
                          

Segundo o dicionário Aurélio, “Amigo é uma pessoa a quem está ligado por uma afeição recíproca”.
Normalmente essa identificação, segue no desejo de conservar o que nos faz bem, nos diverte,consola e que podemos compartilhar a própria vida! Porém, como tudo em nossa trajetória: criamos e rompemos vínculos à medida que nossos caminhos nos levam a novos rumos...
Mesmo assim, há quem diga que amizade verdadeira é sincera e dura “para sempre”! Frase digna de reflexão, mesmo com algumas divergências de ideias, como diria nosso grande compositor Renato Russo:                                                                  

                                            "Se lembra quando a gente                                                                                                             Chegou um dia a acreditar
                                             Que tudo era para sempre
                                             Sem saber, que o para sempre,
                                                     Sempre acaba”...

                                                   

Pois bem...

Quem é que nunca teve um amigo no trabalho, por exemplo, que para a própria defesa ou promoção simplesmente jogou tudo para o alto a “amizade” em benefício próprio?
Ou aquela pessoa, em que cresceram juntos: dividiram os primeiros segredos, as primeiras bonecas e carrinhos, muitas gargalhadas e lágrimas com a adolescência e anos mais tarde? Apenas as lembranças entre fotos e saudades é o que nos restam...
Mesmo aquele que você jurou que era “ponta firme”, praticamente um membro da família, que com o passar dos ciclos as diferenças da história de vida, tudo  se transforma em incômodos pessoais ou afastamento... E lá sei vai tudo por água abaixo novamente!
Nas outras áreas, tudo é muito corriqueiro e caso venha a chegar às redes sociais, não ultrapassam a elas. Há quem o diga também, que muitos acompanham a vida do outro “on line” e pessoalmente fingem que não se ver e são passados por meros desconhecidos! (Entendo que isso ocorra, mas será que de alguma forma é permitido por nós mesmos tais frustrações?).
Nessas ocasiões, vale à pena a citação de Carlos Drummond de Andrade sobre a sinceridade como fator primordial à amizade verdadeira: 

“Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz"...
           
                   Resultado de imagem para Amizade

O mais interessante é que apesar dos contratempos, há sempre aqueles que sobrevivem às tempestades que passam por nossas vidas e existe troca positiva. Mesmo que o contato muitas vezes seja menor, o sentimento verdadeiro sempre os aproxima de alguma maneira!
Dessa forma, facilitando o processo de peneirar, ou seja, deixar ir embora o que não se encaixa mais e permitir que o novo faça parte de nossa trajetória! Fortalecendo a ideia de que não precisamos da aprovação do outro para sermos realmente felizes e aceitos.

É importante igualmente digerir que: “O que pode ser importante hoje, amanhã pode não ser mais e vice-versa. Assim, ter como critério de vida o conceito do “DESAPEGO”. Lembrando, que acima de tudo, somos falhos e também podemos ter representado essas figuras na vida de outras pessoas...

                       
                        

sábado, 24 de maio de 2014

A Hora do Café VII

Podes pensar no que quiser, pode inclusive comprar aquilo que tem vontade!

Mas jamais deixe de acreditar que tudo aquilo que alegra, liberta e cala não tem gosto, não tem cheiro e nem é palpável

São leves pedaços de estrelas que borbulham nas veias daquele que cria, tece, pinta e fala com a doçura de um céu incandescente... (Carol Careta)

Sincronia da Era Atual


Eis a vida... Repleta de sonhos, expectativas, mas também de conflitos! E à partir daí “confusões” surgem na psique de todo ser humano, sem saber exatamente sua origem e como solucioná-la.
CORAGEM... Grande significado e lema de pessoas relativamente fortes e positivas, na maioria das vezes lutam pela própria vida sem sucumbir a favor de remédios... Porém, qual a posição de boa parte das pessoas atualmente?
A maioria escondidas em seu próprio interior, reprimidas, sem ânimo, depressivas...
SINCRONICIDADE... Um estudo empírico de origem Junguiana, onde as supostas coincidências são frutos da relação entre eventos psíquicos e físicos. (JUNG,1964).
Sendo assim, qual a sincronia do planeta atualmente? A coragem e o positivismo continuam em alta?

                           


Atualmente vivemos em um verdadeiro “manicômio de luxo”, pois as pessoas contam com uma infinidade de remédios e comportamentos que causam euforia para seus males psicológicos.
A terminologia “luxo” se deve ao critério de substituição da internação pelo shopping center, barzinhos, baladas, sexo desenfreado ou outras extravagâncias. Onde anteriormente a técnica de eletrochoques e quantidade elevada de medicações era o caminho para almejada “cura” dos transtornos psicológicos.
Há uma justa compreensão de que muitos necessitam do uso de medicamentos por questões comprometedoras do organismo, mas vale à pena ressaltar que a grande maioria poderia solucionar seus problemas de ansiedade, por exemplo, de uma forma mais saudável.
A psicoterapia como direção, é um primeiro passo, pois boa parte da população atual possuem sintomas de ansiedade e depressão. Onde características como: insônia ou excesso de sono, má alimentação, desorganização, dores espalhadas pelo corpo, compulsões por alimentos ou compras, entre outros, compõe o dia-a-dia de muitas pessoas.
A isso se deve, na maior parte das vezes, a não elaboração dos próprios conteúdos ou como costumo dizer: “Arquivo mental cheio” uma forma de brincadeira para designar o excesso de material que somamos ao longo de nossa rotina e não permitimos que ele sincronize com nosso processo inconsciente e consciente. Por isso a importância da psicoterapia: para identificamos e elaborarmos de uma maneira que possam tornarem-se benéficos e solucionadores de questões internas e externas (Com outras pessoas).
Igualmente, a falta de atividades compensatórias para o corpo, como a prática de exercícios regulares e também atividades que exercitem a mente como nas áreas da arte, dança, lutas marciais, artesanatos, por exemplo.
O corpo e a mente precisam estar em sincronia para um padrão de vida saudável, e para isso é necessário certos cuidados consigo mesmo. Um exemplo, é a busca por seu “eu” verdadeiro, descobrindo suas próprias vontades e vocações. Fazendo com que a energia se movimente e não fique estagnada, perdendo forças.
Nos textos de autoajuda é comum a indicação de fazer uma “faxina” em todos os seus pertences como roupas, sapatos, objetos e possam fazer doações ou fazer uso mais freqüente de tudo que possui para que a energia circule e se renove a cada dia. E assim também é o nosso corpo e nossa mente: necessita que a energia circule todos os dias e se renove de forma contínua.
Assim, muitas pessoas podem julgar que isso não é possível a todo o momento, pois muitas situações acontecem em nosso cotidiano, como conflitos que acabam por tirar a nossa paz de espírito.
Mas infelizmente através da soma de momentos bons e ruins, é constituído um curto período de tempo chamado VIDA, onde nenhum de nós estamos isentos das situações ruins, sofrimentos e tristezas...
Porém, temos em nossas mãos duas escolhas : entrar em sincronia com a camada desequilibrada do mundo e afundar-se nessa era de abusos e inversão de valores ou entrar em sincronia com seu próprio eu, e assim, descobrir-se, permitindo que a verdadeira satisfação e o controle dos próprios conflitos e sentimentos façam de nossos dias a vivência da paz de espírito e o fortalecimento necessário para as adversidades.

                    





                                                   BIBLIOGRAFIA


Jung, Carl Gustav. O Homem e seus Símbolos. Rio de Janeiro, Nova Fronteira: 1964








quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Hora Do Café VI


A SORTE


Rio... Doce rio da vida

Que banhas minhas tristezas


Transforme-as em barquinhos


Que levem para bem longe as incertezas




Lá também navegam alegrias


Como pequenas gotas de orvalho


Acalmando esse mar bravio


Como os frutos caindo de um galho




Ai como seria bom


Se apenas existisse a felicidade


Deixaria para trás qualquer mágoa


E abandonaria a dor da saudade...




Porém, quanta ilusão predomina!


Diante de tudo que fazemos


Quem nesse mundo mereceria


A sorte de navegar sem remos...  (Carol Careta)


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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cinquenta Tons de Mentira: Christian Grey e Lobo Mau Não Existem



É muito interessante a perspectiva da raça humana, principalmente seus tabus e paradigmas firmados ao longo de toda “evolução da sociedade”.

Sim, creio na evolução em muitos aspectos! Embora observamos que a estrutura psíquica tanto para a população masculina quanto à feminina, sempre foram e continuam sendo as mesmas.

 Um bom exemplo desses critérios estão descritos no livro “ Cinquenta Tons de cinza” de E. L. James.  Logo abaixo temos um resumo da história, logo após a opinião de uma feminista e para finalizar a visão psicológica dos fatos.

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No livros Cinquenta Tons de Cinza de E. L. James ,mergulhamos na história de uma estudante recém formada, sem muitas condições financeiras, jeito simples de se vestir e se portar. Quando de repente, cai nas garras de um multimilionário experiente, provido de grande beleza física e seguro de si.
Sem contar que é excelentemente bom de cama ( Capaz de fazer sua parceira chegar ao orgasmo diversas vezes em questão de minutos ?!). E não para por aí: se preocupa com sua alimentação, contrata um personal trainer para lhe auxiliar, troca seu fusca por um AUDI ( Esse era o carro da protagonista), aparece de forma “milagrosa” com crises de ciúmes e proteção quando algum homem se interessa e se aproxima... Também quer que saia do trabalho humilde em uma loja para trabalhar em sua multinacional...

OPINIÃO DE UMA FEMINISTA

... É , compreensível que no primeiro livro, ao longo de umas duzentas e poucas páginas seja intrigante, porém, acaba por se tornar cansativo. E apenas algumas almas muito carentes, inseguras e um tanto quanto insatisfeitas com a própria vida e sua relação, continuam a ler com muita veemência os outros dois volumes. Inclusive sonhando com um Christian Grey em suas vidas!
Creio que seja muito contraditório, na sociedade atual, onde mulheres disputam cargos anteriormente apenas masculinos, batalham por independência total , optam por terem filhos mais tarde. Ou caso, a maternidade lhe bata à porta, jamais fecha a janela da individualidade e o prestígio profissional. Venha a acreditar que Cinquenta Tons de Cinza é uma história altamente envolvente e que valorize a figura feminina.
É uma luta travada há muito tempo, e com muita garra somente, que foi alcançado alguns direitos como, por exemplo: estudar e não costurar, usar calças compridas e não saias, participar da sociedade democrática e direito ao voto, liberdade sexual (Onde podem dialogar, sentir prazer e realizar suas fantasias). Também deixaram de pilotar o fogão e hoje dirigem carros, caminhões e ônibus.
Substituíram a função “Do Lar” por profissões renomadas, e ainda conseguem administrar a casa, aguentar as dores do parto, ser mãe, esposa, cuidar dos pais idosos, frequentar instituições religiosas, muitas vezes fazer parte de obras sociais e praticar a caridade.
VOCÊ! Mulher, mãe, esposa e profissional: sonham acordadas esperando ou imaginando um Grey em suas vidas?! Cadê o seu valor e os pés no chão, de uma mulher digna do Século XXI?!
Ou então  me digam para que serviu tudo isso?
 




VISÃO PSICOLÓGICA ( NATUREZA HUMANA)
Passam-se anos, décadas, milênios, mas a estrutura contida nos Polos: feminino e masculino continuam fortemente em sua essência.
Características primordiais contidas em ambos os sexos, são um pouco lapidadas ao longo dos tempos, mas a essência não se modifica. É como o sexo, que foi, é e continuará sendo um grande Tabu.
Um bom exemplo, inclusive marcante, foi assistir um programa de Televisão “A Liga” na TV Bandeirantes com o seguinte tema: Mulheres do Funk. Foram entrevistados meninos entre onze e dezesseis anos explicando claramente que as meninas com saias muito curtas, que rebolam se “esfregando” nos meninos, se apresentam nos palcos de maneira sensual ou até vulgar (Segundo eles), não são para andar de mãos dadas e firmar um relacionamento sério.
É cômico, atualmente, ver que os frequentadores mais assíduos dos bailes Funks, em tenra idade, podem ser comparados aos antigos frequentadores de bordéus, que viviam atrás de meretrizes. Esses que se divertiam nesses locais, sempre regados a muita bebida,enquanto suas esposas estavam em casa cuidando da casa e dos filhos. Somente “essas” que eram dignas de carregarem seus sobrenomes.
E vejam como é curioso: diante de toda banalização e liberdade, a essência e os valores continuam os mesmos!
Digo o mesmo com o perfil feminino: depois de toda a luta pela igualdade, pelo direito de ir e vir sem a submissão masculina... Boa parte, derretem-se e sonham com um Christian Grey! E por quê?
Porque a mulher naturalmente carrega em sua Psique a fragilidade, quer ser cuidada e protegida por alguém que lhe dê amor, carinho e segurança financeira igualmente (Mesmo que trabalhe e seja independente, é preciso sentir essas características de seu companheiro). Na cama, preferem “algo mais intenso”, justamente, porque seu inconsciente as levam para revidarem o perfil masculino da antiguidade, em que a liberação sexual e suas fantasias somente eram despertas e liberadas com as famosas meretrizes. Agora é um recado de que as “mulheres de família” também podem e devem!
Um outro exemplo típico são os relatos de mães que choram ao deixarem seus filhos na escola o dia todo e sentirem-se culpadas, querendo mais tempo com eles. (Eis o instinto frágil novamente). Porém, dificilmente ouviremos falar que o pai chorou e está sentindo o mesmo, pelo menos não com a mesma intensidade...
E vamos culpar os homens?
Ou as mulheres?
Na realidade, ninguém...
É nítido, que ao longo do tempo as mulheres conquistaram o respeito e a dignidade de um ser humano. Que pode ter sua individualidade, seu trabalho, pode cuidar-se mais e ser participativa na sociedade, de maneira geral.
E o mais interessante é que os conceitos foram lapidados, tanto para a liberdade feminina, quanto para a aceitação masculina.
Dessa forma, é necessário olhar-se e viver de forma harmoniosa, em sua condição de homem ou mulher. Sem disputas, fuga do próprio instinto e responsabilidades.
Sempre com o pensamento de que: Christian Grey e Lobo mau não existem! Portanto, procuremos viver conforme nossa realidade, da maneira mais saudável e otimista possível. Pois com diálogo, esforço e amor poderemos transformar nossas relações e aceitar quem verdadeiramente somos:
-  Mulheres frágeis, porém, FORTES!