quarta-feira, 31 de maio de 2017

Crianças francesas não fazem manha Parte II : Maturidade da Mulher/ Mãe francesa

No primeiro artigo, abordamos sobre as diferenças entre a cultura francesa e americana relatadas por um jornalista (Americana), que após o casamento foi morar com o marido na França. Um tempo depois, engravida de sua primeira filha, a Bean. E então iniciam-se uma série de comparações com as diferenças culturais, relacionadas ao sono e alimentação das crianças. Com alguns esclarecimentos, formas de lidar e suas principais consequências.
Em forma de complemento, esse segundo artigo, vem diretamente pontuar sobre os ideais dos pais e a maturidade com que lidam na criação dos filhos. E com base nesse pensamento, iniciamos com uma dúvida muito frequente das famílias para Piaget (Educador mais influente desde metade do século XX):

“Como é possível acelerar o estágio de desenvolvimento das crianças? E como resposta temos: “O ritmo no qual os nossos filhos progridem, dependem das escolhas dos pais e como é a dedicação a elas ativamente”.
  
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Atualmente percebemos que a forma de dedicação dos pais, muitas vezes acaba sendo sufocante e desnecessária em alguns aspectos, deixando um curto período de tempo para que as crianças realmente se dediquem ao aprendizado: deveres e trabalhos escolares, assim como o período para dedicar-se aos estudos diariamente. E estudar, não limitamos somente no sentido de apostilas e cadernos, mas também na leitura de histórias, assistir programas e filmes educativos, ouvir música, assim como, ter no mínimo meia hora do dia ou da noite para sentar e brincar com jogos e brinquedos (Orientação primária aos pais no início do tratamento psicoterápico com crianças, por exemplo).
            Quanto a referência sobre traços sufocantes e desnecessários, se deve a muitas atividades extras em que os filhos são inseridos e os americanos são um grande exemplo disso. Muitas vezes, acreditando ser a única forma de estimular as crianças ou compensar a ausência (Para os pais que trabalham fora o dia todo), porém, fica a grande questão: “Onde os filhos encontrarão momentos para a dedicação citadas acima, se não lhes é permitido tempo suficiente?
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Além do mais, essa rotina também sobrecarrega aos pais e minimiza o tempo que teriam juntos para dedicar-se aos estímulos mais importantes da vida que é o auxílio aprendizado escolar, respeito, educação, valores, acolhimento e o carinho.
            E isso não quer dizer que seja errado matricular os filhos em aulas extras, pois elas são muito válidas, porém, com limites e não praticamente todos os dias da semana. Diferente dos franceses, que são mais práticos, colocam a independência e o espaço para criança com um ponto chave. Enquanto os pais americanos veem os filhos praticamente como um projeto, os franceses buscam conteúdos diferenciados: “Eles buscam desenvolver os talentos e as habilidades das crianças por uma série de atividades organizadas, por um processo intensivo de argumentação (Estímulo da expressividade e vocabulário) e supervisão das experiências deles na escola”.
Outro ponto existente e alarmante, é a diferença discrepante entre a cultura americana e a francesa em relação as festas de aniversários infantis. Enquanto as mães americanas e britânicas esperam que você se sociabilize, com frequência e durante várias horas (O que pode não ser tão agradável e cansativo). Na França, as crianças de três anos participam de festas em que só elas ficam, com base no pensamento de que os filhos podem ficar bem sem eles ali o tempo todo (Com a supervisão de outros adultos e recreadores) e com isso é permitido ter um tempo para respirar ou resolver algo importante.
E mais uma vez, percebemos que é possível permitir menos sufocamento nas relações entre pais e filhos, respeitando a individualidade de cada um, que é uma forma de estímulo e independência para ambos.
Para o início dessas intervenções, se faz necessária a compreensão da máxima em que “Os filhos são criados para terem a própria vida, suas construções, independência... Enfim, suas escolhas! E não para ficarem ao lado dos pais e controlados por eles por toda a sua vida”. Sendo assim, um processo leve, substituindo o controle pela troca prazerosa e saudável!
Só assim conseguiremos quebrar algumas amarras, evitando níveis de frustrações, fracassos e tendências a transtornos psicológicos ou doenças psicossomáticas por não conseguirem lidar com as próprias questões ou não terem conseguido chegar ao bom êxito pela falta de liberdade, não possibilidade de independência e o enfrentamento da própria psique, sejam os pais ou os filhos, que vale sempre à pena lembrar: A infância é uma fase decisiva e transitória...

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A Hora do Café IV

"Ei você...

Que muito se cala e nada se expressa:

- Cuidado! As doenças e o mal estar chegarão mais do que depressa"...



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Mindfulness : Quando respirar é Terapêutico

Atualmente acompanhamos muitos estudos sobre a prática da meditação e a importância da respiração. Através de algumas vivências e estudos, como a yoga (Filosofia que trabalha o corpo e a mente) e o mindfulness (Técnica ocidental de meditação e exercícios) pude perceber os efeitos significativos em viver melhor o momento presente, sentir o próprio corpo, observar os próprios pensamentos, encontrando a melhor maneira em lidar com cada um.
Fato que vem chamando a atenção mundialmente, onde por exemplo, a capa da Revista Superinteressante de Setembro/16 teve como título: “ Mindfulness: Como domar sua mente. Agora”. E em um dos trechos da matéria, encontramos: “Com fé ou sem, a meditação é capaz de diminuir dores crônicas e pressão arterial, manter o cérebro jovem, evitar crises de ansiedade e depressão, aumentar a criatividade e os resultados na escola e trabalho”.
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Visto que com a diminuição da adrenalina, é possível concretizar todo o trabalho em prol da elaboração dos próprios conteúdos, para que o curso da vida se torne mais presente (E não sempre no futuro e de forma impulsiva ou muitas vezes no passado que oprime). Pois, sobrecarregando nosso estado emocional o corpo gritará em forma de doenças e/ou transtornos psicológicos.
Os efeitos são comprovados e para isso o movimento é simples, consistindo em puxar o ar penas narinas e expirar lentamente pela boca. Onde esse processo faz com que regule os batimentos cardíacos e aumente a oxigenação no cérebro, automaticamente o corpo sentindo um leve torpor.
É fácil e de alta eficácia, já que o corpo e a mente passam a ter uma conexão ainda maior, anteriormente não muito bem definida pela ansiedade, stress. Digo isso, pela prática da psicoterapia clínica, onde muitos pacientes (Principalmente os ansiosos em grau elevado ou os deprimidos), não conseguem sentir essa conexão mais profunda consigo mesmo. E uma vez, esvaziando esse arquivo mental, onde muitos pensamentos permeiam de forma desconexa, é possível tornar consciente parte daquilo que nos incomoda, que faz sofrer, que proporciona angústia. Iniciando o processo em lidar verdadeiramente com nossa vida, posicionando-se frente aos acontecimentos diários.
                                         
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Sendo importante ressaltar, que igualmente possuímos bons sentimentos, boas lembranças e elas são fortes aliadas para que a esperança, a autoestima e autovalorização nos fortaleçam para o caminho de nossas sombras. 
Um segundo passo, é aliar o exercício de respiração com o relaxamento, sendo possível acessar ainda mais o contato com nosso interior, propiciando paz e tranquilidade. O exercício consiste em que novamente o paciente inicie sentando-se em uma posição confortável, feche os olhos, puxe o ar pelas narinas e expire lentamente pela boca, deixando que os pensamentos discorram livremente. Então, passo a orientar em como acessar cada parte do corpo, liberando todas as tensões, incluindo o trabalho em retirar toda a carga de sofrimentos, tristezas e negatividade ao expirar de forma mais intensa. Onde toda tensão e rigidez contida no corpo irá dissolvendo-se ainda mais nesse movimento.
No final da prática, as reações são as mais diversas: desde o choro que alivia, muita gratidão (Em forma de agradecimento por parte dos pacientes pela prática e o resultado imediato), surpresa por ser tão simples e significativo, paz e alegria. Sendo gratificante para nós que propiciamos esse momento de acolhimento e bem estar ao próximo.
E para fechar, a dica importante é levar a prática para a vida diária, fazendo da respiração e a observação do corpo e de sua mente parte da rotina. Seja no momento de uma caminhada, elaborando um ambiente propício na própria casa incluindo músicas de relaxamento, durante o banho ou antes de dormir. E claro, essa prática somada com a psicoterapia, será possível resultados mais completos.

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