sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A Culpa é das Estrelas - Continuação...



Dia desses, estive em um café da Cidade, muito bem acompanhada por: “A culpa é das estrelas” de John Green.  Livro interessante, que inclusive já está no topo: primeiro lugar nos mais vendidos, segundo a Revista Veja!

A leitura é instigante e mexe com nossos sentidos: nos leva a sorrisos, uma certa nostalgia e praticamente às lágrimas!

Confesso que por um momento, desejei um FINAL FELIZ! Que os protagonistas ficassem juntos e vencessem a árdua batalha contra o câncer. Mas...

        


O livro terminou conforme a realidade nua e crua: Nem todos se recuperam de uma doença grave! Nem todos os relacionamentos dão certo por muito tempo e as pessoas Morrem!
Por mais que saibamos ser esse o único destino certo, ainda temos resistência em aceitar. Pois partir para um “buraco escuro” ou para uma nova dimensão nos dá a leve sensação de impotência.
Sensação muito vivida por Hazel Grace, que apesar de não se entregar aos encantos de Augustus inicialmente, logo após permitiu-se viver toda intensidade da adolescência: a paixão, os sonhos, um jantar maravilhoso regado a Champanhe, conhecer seu autor favorito (Mesmo não sendo um encontro muito feliz), a rebeldia de gritar com os pais e se arrepender no momento seguinte... Enfim, Vida exalando pelos seus pulmões pouco saudáveis!
E após toda sensação de Felicidade... Não poder fazer quase nada para salvar a quem abriu as portas para elevados sentimentos! Apenas algumas palavras de conforto, assim como o: “Eu Te Amo” de forma intensa nas páginas finais...
Mas infelizmente, Augustus não superou a doença e veio a falecer, deixando apenas uma carta (Que encerrou o livro), saudades e lembranças.

 
Diria que deixou ainda mais: Um imenso espaço vazio! Não somente para Hazel, mas para nós leitores...
 Que assim como ela em seu livro favorito: Desejava mais, queria um sentido para aquela trama! O depois... Que Hazel não desistisse! Que sua família continuasse batalhando por si mesmos...
Como o próprio Augustus deixou em sua carta:

                 

E será que ela realmente aceitou?

Como ficaram seus pais, que estavam lutando por Hazel e para o próprio crescimento?

E os pais de Augustus? Isaac?

Creio que necessitamos de respostas, assim, como bons exemplos de superação. Principalmente quando se fala de um Grande Amor! Mesmo que por tempo limitado...
                                      
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OBS: Nesse mesmo dia, ainda sentada no café, lendo as últimas páginas do livro, uma adolescente pediu licença para usar a tomada, pois precisava carregar seu notebook. Quando percebeu o que eu estava lendo, elogiou e disse que havia lido duas vezes o livro, que achou Maravilhoso, assim como os lançamentos posteriores.
Então percebi, o quanto às pessoas vem respondendo de forma positiva a fatos reais. Vida de verdade, com sofrimento, decepção, perdas! Pois mesmo sendo uma história fictícia, sabemos que existem muitos Augustus e Hazels espalhados pelo mundo. Cada um com sua carga patológica, psíquica ou ambas. Mas lutando para recuperar-se, serem felizes ao menos um pouco!
Penso que não seria nada mal uma continuação dessa fantástica história...