Dia
desses, estive em um café da Cidade, muito bem acompanhada por: “A culpa é das
estrelas” de John Green. Livro
interessante, que inclusive já está no topo: primeiro lugar nos mais vendidos,
segundo a Revista Veja!
A
leitura é instigante e mexe com nossos sentidos: nos leva a sorrisos, uma certa
nostalgia e praticamente às lágrimas!
Confesso
que por um momento, desejei um FINAL FELIZ! Que os protagonistas ficassem
juntos e vencessem a árdua batalha contra o câncer. Mas...
O
livro terminou conforme a realidade nua e crua: Nem todos se recuperam de uma
doença grave! Nem todos os relacionamentos dão certo por muito tempo e as
pessoas Morrem!
Por
mais que saibamos ser esse o único destino certo, ainda temos resistência em
aceitar. Pois partir para um “buraco escuro” ou para uma nova dimensão nos dá a
leve sensação de impotência.
Sensação
muito vivida por Hazel Grace, que apesar de não se entregar aos encantos de
Augustus inicialmente, logo após permitiu-se viver toda intensidade da
adolescência: a paixão, os sonhos, um jantar maravilhoso regado a Champanhe,
conhecer seu autor favorito (Mesmo não sendo um encontro muito feliz), a
rebeldia de gritar com os pais e se arrepender no momento seguinte... Enfim,
Vida exalando pelos seus pulmões pouco saudáveis!
E
após toda sensação de Felicidade... Não poder fazer quase nada para salvar a
quem abriu as portas para elevados sentimentos! Apenas algumas palavras de
conforto, assim como o: “Eu Te Amo” de forma intensa nas páginas finais...
Mas
infelizmente, Augustus não superou a doença e veio a falecer, deixando apenas
uma carta (Que encerrou o livro), saudades e lembranças.
Diria
que deixou ainda mais: Um imenso espaço vazio! Não somente para Hazel, mas para
nós leitores...
Que assim como ela em seu livro favorito:
Desejava mais, queria um sentido para aquela trama! O depois... Que Hazel não
desistisse! Que sua família continuasse batalhando por si mesmos...
Como
o próprio Augustus deixou em sua carta:
E
será que ela realmente aceitou?
Como
ficaram seus pais, que estavam lutando por Hazel e para o próprio crescimento?
E
os pais de Augustus? Isaac?
Creio
que necessitamos de respostas, assim, como bons exemplos de superação.
Principalmente quando se fala de um Grande Amor! Mesmo que por tempo
limitado...
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OBS: Nesse mesmo dia, ainda sentada no café,
lendo as últimas páginas do livro, uma adolescente pediu licença para usar a
tomada, pois precisava carregar seu notebook. Quando percebeu o que eu estava
lendo, elogiou e disse que havia lido duas vezes o livro, que achou
Maravilhoso, assim como os lançamentos posteriores.
Então percebi, o quanto às
pessoas vem respondendo de forma positiva a fatos reais. Vida de verdade, com
sofrimento, decepção, perdas! Pois mesmo sendo uma história fictícia, sabemos
que existem muitos Augustus e Hazels espalhados pelo mundo. Cada um com sua
carga patológica, psíquica ou ambas. Mas lutando para recuperar-se, serem
felizes ao menos um pouco!
Penso que não seria nada mal
uma continuação dessa fantástica história...