Entre
tantas frases prontas, paradigmas e lembranças, guardamos sempre na memória
aqueles que fazem ou fizeram parte de nossa história.
Em
cada fase de nossas vidas, nos deparamos em condições diferentes de sentimentos
e visões: os lugares que estudamos e trabalhamos ou mesmo a família e
relacionamentos afetivos. Todos trazendo um meio social que compõe a integração
com os demais.
Estamos
sempre cercados de pessoas e precisamos uns dos outros. Porém, entre tantos
meios, como identificar um amigo? Ou, entre tantos questionamentos: é possível
acabar uma amizade?
Segundo
o dicionário Aurélio, “Amigo é uma pessoa a quem está ligado por uma afeição
recíproca”.
Normalmente
essa identificação, segue no desejo de conservar o que nos faz bem, nos diverte,consola
e que podemos compartilhar a própria vida! Porém, como tudo em nossa trajetória:
criamos e rompemos vínculos à medida que nossos caminhos nos levam a novos
rumos...
Mesmo
assim, há quem diga que amizade verdadeira é sincera e dura “para sempre”! Frase
digna de reflexão, mesmo com algumas divergências de ideias, como diria nosso
grande compositor Renato Russo:
"Se lembra quando a gente Chegou um dia a acreditar
Que tudo era para sempre
Sem saber, que o para sempre,
Sempre acaba”...
Pois
bem...
Quem é que nunca teve um amigo no trabalho,
por exemplo, que para a própria defesa ou promoção simplesmente jogou tudo para
o alto a “amizade” em benefício próprio?
Ou
aquela pessoa, em que cresceram juntos: dividiram os primeiros segredos, as
primeiras bonecas e carrinhos, muitas gargalhadas e lágrimas com a adolescência
e anos mais tarde? Apenas as lembranças entre fotos e saudades é o que nos
restam...
Mesmo
aquele que você jurou que era “ponta firme”, praticamente um membro da família,
que com o passar dos ciclos as diferenças da história de vida, tudo se transforma em incômodos pessoais ou
afastamento... E lá sei vai tudo por água abaixo novamente!
Nas
outras áreas, tudo é muito corriqueiro e caso venha a chegar às redes sociais,
não ultrapassam a elas. Há quem o diga também, que muitos acompanham a vida do
outro “on line” e pessoalmente fingem que não se ver e são passados por meros
desconhecidos! (Entendo que isso ocorra, mas será que de alguma forma é
permitido por nós mesmos tais frustrações?).
Nessas
ocasiões, vale à pena a citação de Carlos
Drummond de Andrade sobre a sinceridade como fator primordial à amizade
verdadeira:
“Fácil é ser colega, fazer
companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para
todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no
que diz"...
O
mais interessante é que apesar dos contratempos, há sempre aqueles que
sobrevivem às tempestades que passam por nossas vidas e existe troca positiva.
Mesmo que o contato muitas vezes seja menor, o sentimento verdadeiro sempre os
aproxima de alguma maneira!
Dessa
forma, facilitando o processo de peneirar, ou seja, deixar ir embora o que não se
encaixa mais e permitir que o novo faça parte de nossa trajetória! Fortalecendo
a ideia de que não precisamos da aprovação do outro para sermos realmente
felizes e aceitos.
É
importante igualmente digerir que: “O que pode ser importante hoje, amanhã pode
não ser mais e vice-versa. Assim, ter como critério de vida o conceito do “DESAPEGO”.
Lembrando, que acima de tudo, somos falhos e também podemos ter representado
essas figuras na vida de outras pessoas...