Já é de caráter científico, que o homem
é uma fonte de energias, e que através dela podemos sustentar nosso equilíbrio
físico, mental e psicológico.
Um ser humano em desequilíbrio, movido
por preocupações, nervosismos, impaciências, stress,etc. Onde não há uma
“brecha” para seu corpo e sua mente, posteriormente, acarretarão somatizações e
ocasionarão possíveis sintomas como: os distúrbios do sono e digestivos,
enxaquecas, dermatites, infecções e estendo-se as doenças mais graves como o
câncer. Os transtornos psicológicos também vêm crescendo e a ansiedade,
síndrome do pânico e depressão são os mais comuns na atualidade.
A isso damos o nome de doenças
psicossomáticas, pois são questões psicológicas que tornam-se físicas. Quando chegado nesse grau, é que realmente compreendemos o poder do emocional (Saúde Mental) diante
do corpo. Da energia contida em cada um, e que se desequilibrada podem gerar
enormes conflitos.
Outra fonte de energia, como a psíquica
ou também chamada de libido (são sinônimos), foi muito discutida e estudada por
pesquisadores, pois era causadora de transtornos psicológicos e posteriormente
físicos como mencionados acima.
Se não é encontrado um valor
(intensidade) psíquico que seja substituído por outro, como por exemplo: o
interesse por algo que não encontra oportunidade de adquirir ou fazer, essa
energia que alimenta esse interesse tomará outros caminhos, podendo
transformar-se em manifestações somáticas. Reativando conteúdos adormecidos no
inconsciente, construindo enigmáticos sintomas neuróticos.
Duas importantes teorias que interpretam
a libido, é mencionada por Jung e Freud, onde por mais uma vez se contradizem.
A maioria das pessoas interligam a
libido com o sexual-erótico, como a origem do prazer e as zonas erógenas do
corpo. E a isso se deve a Freud, que de acordo com suas pesquisas dividiu-a em
algumas fases.
A primeira é a fase oral, ou fase da
libido oral, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e
na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são
objetos do prazer. (CHAUÍ,2000).
Ainda segundo Chauí (2000) segunda é a
fase anal ou hedonismo anal, quando o desejo e o prazer localizara-se
primordialmente nas exercesse e as fezes, brincar com massas e com tintas,
amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do
prazer;
A terceira é a fase genital ou fase
fálica: quando o desejo e o prazer localiza-se primordialmente nos órgãos
genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os
meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.
Já Jung, acreditava na libido como
geradora de energia vital, um conceito abstrato de relações de movimento, algo
inapreensível e comparável a energia física.
Ele deu um importante exemplo: “Do
mesmo modo que não ocorreria ao físico moderno derivar todas as forças, como
por exemplo, somente o calor, também o psicólogo deve preservar-se de englobar
todos os instintos no conceito de sexualidade”.
Ele vê a psique como um incessante
dinamismo, onde correntes de energia cruzam-se continuamente. Tensões
diferentes, pólos opostos, correntes em progressão e regressão entretêm
movimentos constantes.
Nise da Silveira (1981) faz uma
descrição da libido: “Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se
manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e
interesses diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido. A ideia
Junguiana de libido aproxima-se bastante da concepção de vontade, segundo Schopenhauer.
Assim, é visível as diferenças nas ideias de
ambos os estudiosos. O conceito de sexualidade de Freud diferindo da visão de
Jung, que seria muito limitado diante da energia instintiva e diversificada da
libido.
Porém, cada ser humano é único e
atualmente conta com a imensa liberdade de expressão e escolhas. Dessa forma,
cada um segue a linha de raciocínio que mais acha exata e compraz de acordo com
suas experiências e observações.
Isso acontece devido a ciência jamais poder pré estabelecer com exatidão
esse ou aquele experimento, por mais que saibamos que é correto e verdadeiro.
Por isso é denominada “teoria” qualquer estudo e linha de raciocínio que mais
se aproxima do resultado esperado, do contrário não é considerado ciência e sim
algo relacionado com crenças, por exemplo. E sendo assim, não há provas
concretas.
( JUNG)
BIBLIOGRAFIA
Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, ano 2000, pág. 83-87.
Silveira, Nise da. Jung: vida e obra. 7- ed.– Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
(Coleção
Vida e Obra)