quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Princípio do Prazer e a Fase Moderna

Em meados de 1920 Freud esteve em contato com as mais diversas experiências em torno das pulsões de vida e de morte. Estas que transitam livremente pelo inconsciente, sendo o objetivo principal: aliviar as tensões segundo o princípio do prazer. (FREUD,1976).
O princípio do prazer é a forma que a mente atua em evitar o desprazer e a dor. Onde necessitamos ter cautela, para não cair em uma armadilha, pois nunca estaremos livres dessas duas vertentes...


                  


Sendo assim, boa parte da população nega a realidade dos fatos, entrando em um processo de fuga, ocorrendo assim, a repressão das emoções.
Quando se entra em processo de fuga, torna-se necessário “apegar-se” em algo ou “alguém”, e na maioria das vezes, tornando superficial a forma de encarar a vida e as pessoas.
Poderemos compreender que essa camada de superficialidade, muito se deve ao conceito de inverdades que o processo de fuga causa. E assim, acabamos por nos esconder do que faz mal, não enfrentando as situações.
Esses danos podem ir desde o uso excessivo de álcool, tabaco, drogas ilícitas e antidepressivos. Ou mesmo a perda de valores e responsabilidades que anteriormente eram presentes na rotina, como: o trabalho, convívio com a família e amigos. Também consta nessa camada, os chamados relacionamentos “vazios” na área afetiva por não saciar a “fome” de si mesmo, de encarar e resolver os próprios conflitos.
Nessa fase atual, é comum relacionar-se com várias pessoas ao mesmo tempo, o que inconscientemente nos deparamos mais uma vez com esse “vazio” interno. E por mais parceiros que se tenha, não é possível encontrar no outro a resposta que só existe internamente. Mesmo por que, em tal condição, é improvável criar laços fortes e sincero. Apenas causando mais feridas e sofrimentos.
Em casos abusivos, poderemos encontrar pessoas que fazem o uso de boa parte das “drogas” citadas, acompanhados dos relacionamentos superficiais, conseqüentemente, perdendo o senso de realidade. Inclusive chegando ao óbito ou desenvolvendo transtornos psicológicos graves, tão repercutidos em nossa sociedade atual.
 A melhor forma de evitar esse quadro não é reprimindo conteúdos, mas sim encarando as situações de frente, encontrando uma maneira mais sadia de extravasá-las. A união de algumas especialidades como a psicoterapia, exercícios físicos, acompanhamento nutricional, acumpuntura e práticas como a yoga e meditação, auxiliam na criação de novos hábitos e maior qualidade de vida.
           O essencial, é que nos momentos difíceis possamos ter o equilíbrio emocional, nos resguardando para aquele momento de dor e sofrimento (Inevitáveis). E quando tudo estiver sendo processado e digerido, haverá a possibilidade de recomeçar. Canalizando todo o processo de dor como forma de experiência e desenvolvimento da maturidade, onde servirá como uma ponte para os momentos de bem estar, verdadeiros e sem a necessidade da fuga.

                    



BIBLIOGRAFIA



FREUD, S. (1933 1932). Novas Conferências Introdutórias Sobre a Psicanálise.Imago, Ed. Standard Brasileira, RJ, 1976, vol. XXII.










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