sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Fontes Da Libido (Energia Psíquica)



         Já é de caráter científico, que o homem é uma fonte de energias, e que através dela podemos sustentar nosso equilíbrio físico, mental e psicológico.
       Um ser humano em desequilíbrio, movido por preocupações, nervosismos, impaciências, stress,etc. Onde não há uma “brecha” para seu corpo e sua mente, posteriormente, acarretarão somatizações e ocasionarão possíveis sintomas como: os distúrbios do sono e digestivos, enxaquecas, dermatites, infecções e estendo-se as doenças mais graves como o câncer. Os transtornos psicológicos também vêm crescendo e a ansiedade, síndrome do pânico e depressão são os mais comuns na atualidade.

       A isso damos o nome de doenças psicossomáticas, pois são questões psicológicas que tornam-se físicas. Quando chegado nesse grau, é que realmente compreendemos o poder do emocional (Saúde Mental) diante do corpo. Da energia contida em cada um, e que se desequilibrada podem gerar enormes conflitos.
       
                               

    Outra fonte de energia, como a psíquica ou também chamada de libido (são sinônimos), foi muito discutida e estudada por pesquisadores, pois era causadora de transtornos psicológicos e posteriormente físicos como mencionados acima.
       Se não é encontrado um valor (intensidade) psíquico que seja substituído por outro, como por exemplo: o interesse por algo que não encontra oportunidade de adquirir ou fazer, essa energia que alimenta esse interesse tomará outros caminhos, podendo transformar-se em manifestações somáticas. Reativando conteúdos adormecidos no inconsciente, construindo enigmáticos sintomas neuróticos.
     Duas importantes teorias que interpretam a libido, é mencionada por Jung e Freud, onde por mais uma vez se contradizem.
    A maioria das pessoas interligam a libido com o sexual-erótico, como a origem do prazer e as zonas erógenas do corpo. E a isso se deve a Freud, que de acordo com suas pesquisas dividiu-a em algumas fases.
      A primeira é a fase oral, ou fase da libido oral, quando o desejo e o prazer localizam-se primordialmente na boca e na ingestão de alimentos e o seio materno, a mamadeira, a chupeta, os dedos são objetos do prazer. (CHAUÍ,2000).
       Ainda segundo Chauí (2000) segunda é a fase anal ou hedonismo anal, quando o desejo e o prazer localizara-se primordialmente nas exercesse e as fezes, brincar com massas e com tintas, amassar barro ou argila, comer coisas cremosas, sujar-se são os objetos do prazer;
       A terceira é a fase genital ou fase fálica: quando o desejo e o prazer localiza-se primordialmente nos órgãos genitais e nas partes do corpo que excitam tais órgãos. Nessa fase, para os meninos, a mãe é o objeto do desejo e do prazer; para as meninas, o pai.
     Já Jung, acreditava na libido como geradora de energia vital, um conceito abstrato de relações de movimento, algo inapreensível e comparável a energia física.
        Ele deu um importante exemplo: “Do mesmo modo que não ocorreria ao físico moderno derivar todas as forças, como por exemplo, somente o calor, também o psicólogo deve preservar-se de englobar todos os instintos no conceito de sexualidade”.
          Ele vê a psique como um incessante dinamismo, onde correntes de energia cruzam-se continuamente. Tensões diferentes, pólos opostos, correntes em progressão e regressão entretêm movimentos constantes.
         Nise da Silveira (1981) faz uma descrição da libido: “Libido é apetite, é instinto permanente de vida que se manifesta pela fome, sede, sexualidade, agressividade, necessidades e interesses diversos. Tudo isso está compreendido no conceito de libido. A ideia Junguiana de libido aproxima-se bastante da concepção de vontade, segundo Schopenhauer.
          Assim, é visível as diferenças nas ideias de ambos os estudiosos. O conceito de sexualidade de Freud diferindo da visão de Jung, que seria muito limitado diante da energia instintiva e diversificada da libido.
          Porém, cada ser humano é único e atualmente conta com a imensa liberdade de expressão e escolhas. Dessa forma, cada um segue a linha de raciocínio que mais acha exata e compraz de acordo com suas experiências e observações.
Isso acontece devido a ciência jamais poder pré estabelecer com exatidão esse ou aquele experimento, por mais que saibamos que é correto e verdadeiro. Por isso é denominada “teoria” qualquer estudo e linha de raciocínio que mais se aproxima do resultado esperado, do contrário não é considerado ciência e sim algo relacionado com crenças, por exemplo. E sendo assim, não há provas concretas.

                          ( JUNG)




BIBLIOGRAFIA


Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, ano 2000, pág. 83-87.

Silveira, Nise da. Jung: vida e obra. 7- ed.– Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.
(Coleção Vida e Obra)

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