“Viver... E não ter a vergonha de ser
feliz... Cantar, cantar e cantar... Na beleza de ser um eterno aprendiz”...
A aprendizagem faz-se
presente ao longo da vida de todo ser humano: nascemos com instintos de
sobrevivência e nos transformamos a medida em que somos “criados”: pela
família, a escola e mesmo a sociedade de forma geral.
Essa que trata de impor
condições, onde cabe a cada um designar aquilo que agrega pontos positivos e consideráveis
em sua vida ou descartá-las. Assim, formando nossa visão de mundo, pessoas e
criando nossa própria filosofia de vida, que implicará na tão questionada
PERSONALIDADE.
Mas enfim, o que é
PERSONALIDADE? Seria uma criação una ou um ponto de partida a ser transformado
gradativamente?
De maneira flexível
encontramos diversos estudos, consideradas imensas buscas para compreender
melhor essa questão, pois exatidão ao se tratar de VIDA não é possível nem
tampouco indicada.
Podemos citar um grande
teórico, Carl Rogers ( Premio Nobel da Paz,1987 ), que contrário das teorias
psicanalíticas que visa o ser humano como um produto do inconsciente e das
teorias behavioristas que tudo surge do meio em que vive, concluindo a
perspectiva de um ponto existencial humanista,em que todo ser humano tem plena
responsabilidade referentes a construção do seu próprio ser (Rogers, 1.961).
Exemplos divulgados na
mídia ao longo dos tempos, são grandes personalidades, muitas vezes criados em
locais abaixo da linha da pobreza (as denominadas favelas), em que muitos
potenciais são descobertos e possuem vidas dignas e de muito trabalho, contando
com vocações descobertas ao longo e valorizadas, como por exemplo, escritores,
cantores, jogadores, músicos, etc.
Em contrapartida, outros
seres humanos nas mesmas condições se tornam usuários de drogas, álcool e participam
de grupos marginalizados e envolvidos com tráficos, roubos e seqüestros. Muitas
vezes culpando o meio em que vivem, a criação ou contatando forças superiores
para maiores informações ao se considerar tão injustiçados, justificando que a
sua história de vida é a explicação para tudo o que lhe ocorre.
Mas será que a história de
vida justifica as degradações ocasionadas na humanidade, compreendidas como
personalidades construídas com base em seu meio ambiente ou mesmo como fruto do
inconsciente?
Há controvérsias que
prezam a responsabilidade única do próprio ser humano e suas escolhas, pois
segundo o conceito Rogeriano, compreendemos que sentimentos de pena (mesmo
colocando-se na posição de vítima), e o determinismo seriam maneiras de negar
as próprias potencialidades e a capacidade de realização de cada indivíduo (Forisha,
Mihollan, 1978).
Assim, compreendemos que
somos autores de nossa própria história, em que dificuldades e mesmo os
sofrimentos fazem parte da trajetória humana. Mas que depende,
indiscutivelmente, de nós mesmos para que o processo de aprendizagem e conseqüentemente
de transformação, seja positivo e contribua para o crescimento real da
personalidade em forma de maturidade e coerência.
Fatores homogêneos
encontrados ao longo da humanidade, que colocam muitas vezes em descréditos tal
explicação, passam a buscar apenas justificativas para todos os conflitos
gerados ao longo da própria existência.
Para o processo de busca
(origem) e compreensão, a psicoterapia é importante para o entendimento dos
conflitos ocasionados a cada indivíduo. Normalmente histórias drásticas, terminam
por deixar seqüelas em forma de transtornos psicológicos, como resultado desequilibrado
na construção de nossa personalidade.
E assim, é possível
compreender que o ser humano é responsável por tudo acarretado em sua vida. Mas
pode-se contar com o auxílio psicoterapêutico, para descobertas
(autoconhecimento), onde encontrará as próprias respostas, bem como os novos
direcionamentos em sua vida.
Dessa forma, compreendendo
que na construção de nossa personalidade e história de vida não existem
culpados externos, e sim, obstáculos comuns ao longo de nossas vidas. Porém, envolvendo a negatividade que acarretamos e nos
entregamos muitas vezes, até mesmo como forma de extravasar a dor, iniciamos os
inúmeros conflitos e transtornos psicológicos repercutidos em toda humanidade.
(Rogers)
BIBLIOGRAFIA
Rogers,
C. Tornar-se Pessoa. Martins
Fontes:1.961.
E. Forisha, Frank
Milhollan. Skinner X Rogers: Maneiras
contrastantes de encarar a educação. 8 ed. São Paulo: Summus,
1978.
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