terça-feira, 26 de novembro de 2013

História de Vida: Justificativa Ás Falhas de Nossa Personalidade?






 “Viver... E não ter a vergonha de ser feliz... Cantar, cantar e cantar... Na beleza de ser um eterno aprendiz”...

A aprendizagem faz-se presente ao longo da vida de todo ser humano: nascemos com instintos de sobrevivência e nos transformamos a medida em que somos “criados”: pela família, a escola e mesmo a sociedade de forma geral.


          


Essa que trata de impor condições, onde cabe a cada um designar aquilo que agrega pontos positivos e consideráveis em sua vida ou descartá-las. Assim, formando nossa visão de mundo, pessoas e criando nossa própria filosofia de vida, que implicará na tão questionada PERSONALIDADE.
Mas enfim, o que é PERSONALIDADE? Seria uma criação una ou um ponto de partida a ser transformado gradativamente?
De maneira flexível encontramos diversos estudos, consideradas imensas buscas para compreender melhor essa questão, pois exatidão ao se tratar de VIDA não é possível nem tampouco indicada.
Podemos citar um grande teórico, Carl Rogers ( Premio Nobel da Paz,1987 ), que contrário das teorias psicanalíticas que visa o ser humano como um produto do inconsciente e das teorias behavioristas que tudo surge do meio em que vive, concluindo a perspectiva de um ponto existencial humanista,em que todo ser humano tem plena responsabilidade referentes a construção do seu próprio ser (Rogers, 1.961).
Exemplos divulgados na mídia ao longo dos tempos, são grandes personalidades, muitas vezes criados em locais abaixo da linha da pobreza (as denominadas favelas), em que muitos potenciais são descobertos e possuem vidas dignas e de muito trabalho, contando com vocações descobertas ao longo e valorizadas, como por exemplo, escritores, cantores, jogadores, músicos, etc.
Em contrapartida, outros seres humanos nas mesmas condições se tornam usuários de drogas, álcool e participam de grupos marginalizados e envolvidos com tráficos, roubos e seqüestros. Muitas vezes culpando o meio em que vivem, a criação ou contatando forças superiores para maiores informações ao se considerar tão injustiçados, justificando que a sua história de vida é a explicação para tudo o que lhe ocorre.
Mas será que a história de vida justifica as degradações ocasionadas na humanidade, compreendidas como personalidades construídas com base em seu meio ambiente ou mesmo como fruto do inconsciente?
Há controvérsias que prezam a responsabilidade única do próprio ser humano e suas escolhas, pois segundo o conceito Rogeriano, compreendemos que sentimentos de pena (mesmo colocando-se na posição de vítima), e o determinismo seriam maneiras de negar as próprias potencialidades e a capacidade de realização de cada indivíduo (Forisha, Mihollan, 1978).
Assim, compreendemos que somos autores de nossa própria história, em que dificuldades e mesmo os sofrimentos fazem parte da trajetória humana. Mas que depende, indiscutivelmente, de nós mesmos para que o processo de aprendizagem e conseqüentemente de transformação, seja positivo e contribua para o crescimento real da personalidade em forma de maturidade e coerência.
Fatores homogêneos encontrados ao longo da humanidade, que colocam muitas vezes em descréditos tal explicação, passam a buscar apenas justificativas para todos os conflitos gerados ao longo da própria existência.
Para o processo de busca (origem) e compreensão, a psicoterapia é importante para o entendimento dos conflitos ocasionados a cada indivíduo. Normalmente histórias drásticas, terminam por deixar seqüelas em forma de transtornos psicológicos, como resultado desequilibrado na construção de nossa personalidade.
E assim, é possível compreender que o ser humano é responsável por tudo acarretado em sua vida. Mas pode-se contar com o auxílio psicoterapêutico, para descobertas (autoconhecimento), onde encontrará as próprias respostas, bem como os novos direcionamentos em sua vida.
Dessa forma, compreendendo que na construção de nossa personalidade e história de vida não existem culpados externos, e sim, obstáculos comuns ao longo de nossas vidas. Porém, envolvendo a negatividade que acarretamos e nos entregamos muitas vezes, até mesmo como forma de extravasar a dor, iniciamos os inúmeros conflitos e transtornos psicológicos repercutidos em toda humanidade.


 carl-rogers  (Rogers)

BIBLIOGRAFIA

Rogers, C. Tornar-se Pessoa. Martins Fontes:1.961.
E. Forisha, Frank Milhollan. Skinner X Rogers: Maneiras contrastantes de encarar a educação. 8 ed. São Paulo: Summus, 1978.






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