Um assunto muito polêmico na atualidade vem de encontro com muitos
pudores desde a antiguidade, seria a importância e a presença da mãe para o
desenvolvimento de futuros “cidadãos”: seus filhos...
Sendo assim, é compreendido que a capacidade da criança em ter um certo
grau de desenvolvimento, com a estruturação satisfatória de sua personalidade, juntamente sua independência para enfrentar o
mundo com todos os conflitos, mesmo as dificuldades
e também superações, dependem muito da figura materna e a forma que esta lida
com seu filho. Onde esse fator vai determinar a vida futura da criança,
posteriormente adolescência e vida adulta.
A teoria do Apego segundo Bowlby (1989) é muito clara, verdadeira e
encaixa-se perfeitamente com diversos casos de transtornos psicológicos desde a
infância, pois como ele próprio diz “Qualquer forma de comportamento que
resulte em uma pessoa (criança) alcançar e manter a proximidade com algum outro
indivíduo claramente identificado (mãe), é considerado mais apto para lidar com
o mundo".
Assim, temos inúmeros exemplos ao redor do mundo, em que a maior parte
dos problemas de crianças com certos tipos de transtornos, não resolvidos são
levados adiante na idade adulta, causando inúmeros conflitos propiciados pela
mãe, desde o seu nascimento.
Dessa forma, observamos a importância da figura materna e todos os danos
causados pela falta de maturidade e bom senso muitas vezes ao criar uma criança
em que possui total responsabilidade, levando em casos mais drásticos a morte
prematura de alguns indivíduos ou uma vida totalmente sem realizações, somente
reforçada por sentimentos e atitudes destrutivas.
Ao contrário podemos contar com pais responsáveis e afetivos, sendo
assim, se uma pessoa teve a sorte de crescer em um bom lar comum, ao lado de
pais afetivos dos quais pôde contar com apoio incondicional, conforto e
proteção, consegue desenvolver estruturas psíquicas suficientemente fortes e
seguras para enfrentar as dificuldades da vida cotidiana. (Bowlby, 1984).
Portanto seria muito importante que essas informações fizessem parte da
rotina de todas as mães, à partir do momento da gestação, e que principalmente
nos hospitais durante o período pré natal houvessem programas de prevenção e
orientação de como lidar com os próprios filhos, mostrando-lhes os possíveis
prejuízos para si mesmo, para o próprio indivíduo e para sociedade, indicando o
que a falta de afetividade e proteção podem fazer com a vida de um ser humano.
Seria uma proposta para os próprios psicólogos elaborarem projetos para
orientação às mães, sobre a responsabilidade que possuem em mãos. E mesmo com
todas as dificuldades, principalmente as classes menos favorecidas, seria
importante a tentativa de melhorias, inclusive com a ajuda de todos os veículos
de informação.
É uma maneira de mostrar a toda população a origem de muitos transtornos
psicológicos ocasionados por “simples” comportamentos como: agitação,
dificuldade para concentrar-se nas atividades escolares e na realização das
tarefas de casa, impaciência, intolerância, dificuldades para conciliar o sono,
entre outros exemplos, sendo suas principais causas o ambiente familiar,
refletindo nos filhos.
É interessante ressaltar esses pontos principais, pois não apenas uma
família, mas a sociedade é afetada com os problemas de desenvolvimento infantil
decorrentes de conflitos com origem familiar e alguns casos especificamente maternas.
Para termos um progresso no mundo em que vivemos, contarmos ainda mais
com a evolução de pensamentos e ideias, precisamos de uma população mais sadia
e isenta dos diversos males que atacam nossa era, que se compõe de: depressões,
síndromes do pânico (ansiedade aguda), TOC, e outros transtornos que iniciam-se
na infância com dificuldades como a hiperatividade, déficit de atenção, stress
infantil, etc.
Contamos com uma sociedade mais ativa, onde as mulheres estão alcançando
cada vez mais seu lugar no mundo frente aos homens, e isso é louvável! Porém, o
descumprimento de seu papel, colocando toda responsabilidade em contatos
externos, faz com que desde os primeiros meses de vida as crianças sejam
colocadas em escolas, creches, são criadas pelos avós, sem muito tempo com o
próprio filho. Acaba por gerar conflitos internos para criança como: a perda da
identidade, stress infantil e mesmo carência elevada.
Assim, é compreendido que os adultos de hoje são as crianças de ontem, e
muitos círculos viciosos estão sendo levados por gerações, porém, agravando-se
cada vez mais! E infelizmente, os casos abusivos de transtornos vêem crescendo,
onde é chegada a hora de refletir, procurando métodos eficazes para lutarmos
por uma sociedade mais sadia...
REFERÊNCIAS
Bowlby, J. (1984). Separação: Angústia e Raiva. São
Paulo: Martins Fontes.
Bowlby, J. (1989). Uma Base Segura: aplicações clínicas da
teoria do apego. Porto Alegre: Artes Médicas.
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